Ecologia e crise capitalista
um debate sobre questão social, Serviço Social e a ruptura metabólica entre ser humano e natureza
Resumo
Introdução: Este artigo situa-se diante do atual cenário de recrudescimento das condições de vida, sobretudo para a classe trabalhadora, a partir das consequências da crise climática capitalista, buscando responder à seguinte questão: que lugar cabe ao Serviço Social num contexto de recrudescimento do capitalismo e barbárie ecológica?
Objetivo: O objetivo deste artigo é problematizar criticamente as relações existentes entre ecologia, crise capitalista e atuação profissional do Serviço Social.
Metodologia: A metodologia utilizada, baseada no método do materialismo histórico-dialético, parte de uma pesquisa bibliográfica, conjugando-a com a análise crítica de documentos históricos, legislação nacional e o movimento real da sociedade.
Resultados: Pode-se aferir que a temática, embora tenha um percurso de construção de cerca de três décadas, ainda se mostra insuficientemente radical do ponto de vista do que recomenda tanto o Projeto Ético Político da profissão quanto o método marxiano. Destaca-se a importância fulcral da reflexão sobre o rompimento do metabolismo existente entre o ser humano e a natureza a partir do processo de acumulação primitiva e das expropriações primárias e secundárias inerentes ao modo de produção e reprodução capitalista como norte da atuação profissional.
Conclusão: O artigo finaliza apresentando alguns dos limites e possibilidades de inserção da atuação profissional nos espaços sócio-ocupacionais direta ou indiretamente relacionados à questão ambiental e ecológica num contexto de transformações societárias permanentes causadas pelas também permanentes crises do capitalismo, que determinam diferentes expressões da questão social.
PALAVRAS-CHAVE: acumulação capitalista; crise capitalista; ecologia; serviço social.
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