A evolução da precariedade nos mercados de trabalho regionais no Brasil e no México: uma abordagem a partir da análise de componentes principais e de dados em painel

uma abordagem a partir da análise de componentes principais e de dados em painel

Palavras-chave: Precariedade do mercado de trabalho, Análise de componentes principais, Efeitos fixos two-way

Resumo

O objetivo deste artigo é avaliar como a precariedade nos mercados de trabalho regionais do Brasil e do México evoluiu entre 2012 e 2017 e quais foram os fatores que impactaram sua incidência. Para atingir este objetivo foi proposto um índice de precariedade do mercado de trabalho construído através da análise de componentes principais. Este índice foi utilizado para ver como a precariedade evoluiu nos mercados de trabalho regionais de ambos os países e também como uma variável dependente em um modelo de efeitos fixos two-way, usado para avaliar se as condições dos mercados de trabalho, suas estruturas e o sistema de regulação do trabalho influenciam o nível de precariedade. Os resultados para o índice mostram que a precariedade cresceu nos estados do México e caiu nos estados do Brasil no período, em geral. O principal motivo para este resultado pode ter sido a reforma trabalhista mexicana de 2012, uma vez que mesmo com as condições do mercado de trabalho mais desfavoráveis no Brasil, a manutenção de uma legislação trabalhista protetiva pode ter contido o avanço da precarização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CAMPOS, J. R. Precariedad laboral en méxico una propuesta de medición integral. Revista Enfoques: Ciencia Política y Administración Pública, Universidad Central de Chile, v. 8, n. 13, 2010.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

CRUZ-MARTÍNEZ, G. Welfare state development in Latin America and the Caribbean (1970s–2000s): Multidimensional welfare index, its methodology and results. Social Indicators Research, Springer, v. 119, n. 3, p. 1295–1317, 2014.

FERNÁNDEZ-HUERGA, E. La teoría de la segmentación del mercado de trabajo: enfoques, situación actual y perspectivas de futuro. Investigación económica, UNAM, Facultad de Economía, v. 69, n. 273, p. 115–150, 2010.

FINE, B. Labour market theory: a constructive reassessment. London: Routledge, 2002.

GALLO, M. E. Precariedad laboral en el mercado de trabajo marplatense. FACES, Universidad Nacional de Mar del Plata. Facultad de Ciencias Económicas, v. 9, n. 16, p. 109–131, 2003.

GARCÍA, G. R.; PÁEZ, C. S. La precarización del empleo en méxico, 1995-2004. Revista Latinoamericana de Estudios del Trabajo (RELET), Asociación Latinoamericana de Sociología del Trabajo (ALAST), v. 12, n. 19, p. 39–78, 2007.

GARCÍA-PÉREZ, C.; PRIETO-ALAIZ, M.; SIMÓN, H. A new multidimensional approach to measuring precarious employment. Social Indicators Research, Springer, v. 134, n. 2, p. 437–454, 2017.

GLYNN, A. Capitalism Unleashed. London: Oxford University Press, 2006.

GORDON, D. M. Fat and Mean: The Corporate Squeeze of Working Americans and the. New York City: Simon and Schuster, 1996

HAGGARD, S.; KAUFMAN, R. R. Development, Democracy, and Welfare States: Latin America, East Asia, and Eastern Europe. Princeton: Princeton University Press, 2008.

HAIR, J. F. et al. Multivariate Data Analysis. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice

Hall, 2006.

JACOBY, S. M. Corporate Governance and Employees in the United States. Corporate

Governance and Labour Management: An International Comparison, Oxford University

Press on Demand, p. 33–58, 2005.

JOLLIFFE, I. Principal Component Analysis. New York City: Springer, 2011.

KALLEBERG, A. L. Precarious Work, Insecure workers: Employment Relations in

Transition. American Sociological Review, Sage Publications Sage CA: Los Angeles, CA, v. 74, n. 1, p. 1–22, 2009.

KALLEBERG, A. L. Good Jobs, Bad Jobs. New York, Russell Sage, 2011.

KALLEBERG, A. L.; VALLAS, S. P. Probing Precarious Work: Theory, Research, and

Politics. In: Precarious Work. Bingley, UK: Emerald Publishing Limited, 2017. p. 1–30.

KIERSZTYN, A. Non-standard Employment and Subjective Insecurity: How Can We

Capture Job Precarity Using Survey Data? In: Precarious Work. Bingley, UK: Emerald

Publishing Limited, 2017. p. 91–122.

KOLENIKOV, S.; ANGELES, G. et al. The use of discrete data in PCA: theory,

simulations, and applications to socioeconomic indices. Chapel Hill: Carolina Population Center, University of North Carolina, p. 1–59, 2004.

LAZONICK, W.; O’SULLIVAN, M. Maximizing shareholder value: a new ideology for corporate governance. Economy and Society, Taylor & Francis, v. 29, n. 1, p. 13–35, 2000.

MEARDI, G. The (claimed) growing irrelevance of employment relations. Journal of

Industrial Relations, Sage Publications Sage UK: London, England, v. 56, n. 4, p. 594 605, 2014.

MORA, M. La medición de la precariedad laboral: problemas metodológicos y alternativas de solución. Revista Trabajo, (9), p. 89–124, 2012.

OLIVEIRA, O. D. Jóvenes y precariedad laboral en méxico. Papeles de población,

Universidad Autónoma del Estado de México, v. 12, n. 49, p. 37–73, 2006.

OLSTHOORN, M. Measuring precarious employment: A proposal for two indicators of

precarious employment based on set-theory and tested with Dutch labor market-data.

Social Indicators Research, Springer, v. 119, n. 1, p. 421–441, 2014.

O’SULLIVAN, M. Contests for corporate control: Corporate governance and economic

performance in the United States and Germany. OUP Catalogue, Oxford University Press, 2001.

RODGERS, G. Precarious work in Western Europe: The state of the debate. In: .

Precarious Jobs in Labour Market Regulation: The Growth of Atypical Employment in

Western Europe. Geneva: International Labour Organization, 1989. p. 1–17.

ROMERO, L. Q. Crisis Neoliberal y Reforma Laboral en México. Cuadernos del CENDES, Universidad Central de Venezuela, v. 33, n. 93, 2016.

RUBERY, J. Precarious forms of work in the United Kingdom. In: . Precarious Jobs in Labour Market Regulation: The Growth of Atypical Employment in Western Europe. Geneva: International Labour Organization, 1989. p. 49–74.

SALAS, C. Trayectorias laborales en México: empleo, desempleo y microunidades. Tese (Doutorado) — Tesis de Doctorado en Economía. México, 2002.

SALAS, C. Análisis de Componentes Principales: Una Aplicación para Construir un índice Estatal de Precariedad Laboral en México. In: Técnicas Modernas de Análisis Regional. Plaza y Valdés: [s.n.], 2014.

SALAS, C.; SANTOS, A. dos. Diverging paths in development: Brazil and Mexico. International Journal of Labour Research, International Labour Organization, v. 3, n. 1, p. 115, 2011.

STREECK, W. Tempo comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. Lisboa:

Editora Actual, 2013.

TEIXEIRA, M. O. et al. Contribuição crítica à reforma trabalhista. Campinas: Cesit/IE/Unicamp, 2017.

VALLAS, S.; PRENER, C. Dualism, job polarization, and the social construction of

precarious work. Work and Occupations, Sage Publications Sage CA: Los Angeles, CA,

v. 39, n. 4, p. 331–353, 2012.

VEJAR, D. J. La precariedad laboral, modernidad y modernización capitalista: Una

contribución al debate desde américa latina. Trabajo y sociedad, SciELO Argentina, n. 23, p. 147–168, 2014.

VEJAR, D. J. Precariedad laboral en América Latina: contribuciones a un modelo pata

armar. Revista Colombiana de Sociología, v. 40, n. 2, p. 27–46, 2017.

VOSKO, L. F. Managing the margins: Gender, citizenship, and the international regulation of precarious employment. London: Oxford University Press, 2010.

Publicado
2019-07-03
Como Citar
Caldeira, C. D. (2019). A evolução da precariedade nos mercados de trabalho regionais no Brasil e no México: uma abordagem a partir da análise de componentes principais e de dados em painel: uma abordagem a partir da análise de componentes principais e de dados em painel. Revista Jurídica Trabalho E Desenvolvimento Humano, 2(1). https://doi.org/10.33239/rtdh.v2i1.41
Seção
Artigos para o Dossiê “Significado e impactos da reforma trabalhista"