A legitimidade ativa ad causam no processo coletivo do trabalho

o indivíduo como legitimado a partir do sistema semanticamente aberto

  • Luan Conceição PUC-SP
  • Fabíola Marques PUC-SP
Palavras-chave: Microssistema de Processo Coletivo

Resumo

Introdução: O Direito Processual Brasileiro admite poucas hipóteses de tutela coletiva por meio da legitimação da pessoa física, sendo o seu principal exemplo a conhecida Ação Popular.

Objetivo: Diante disso, o objetivo do presente trabalho é analisar eventual possibilidade de o indivíduo, através de um processo judicial, requerer medidas de natureza coletiva a partir de um Sistema Jurídico semanticamente aberto e, principalmente, a partir de uma interpretação sistêmica do Microssistema de Processo Coletivo e dos Incidentes Processuais como Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) e Incidente de Assunção de Competência (IAC).
Metodologia: A metodologia utilizada é eminentemente dedutiva e o principal problema de pesquisa é se em um processo trabalhista individual pode haver provimentos jurisdicionais com efeitos coletivos.

Resultados: Para tanto, mostrou-se de extrema importância analisar o contexto atual vivenciado pela Justiça do Trabalho no Brasil, bem como os diversos desafios enfrentados por ela, o que tem se agravado de maneira significativa diante de diversos precedentes judiciais e até alterações legislativas que tendem a restringir a sua competência e atuação mesmo diante de um aceno da Reforma Trabalhista de 2017 ao fortalecimento do Sistema de Precedentes.

Conclusão: A conclusão do trabalho é que esse Sistema admite, mesmo que indiretamente, que determinadas ações judiciais individuais tenham efeitos de natureza coletiva, o que foi, em tese, incentivado pelo artigo 611-A, §5º da CLT.

PALAVRAS-CHAVE: efeitos coletivos; Microssistema de Processo Coletivo; processo trabalhista individual.

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Biografia do Autor

Luan Conceição, PUC-SP

Advogado, Sócio do Escritório Oliveira da Conceição Filho Advogados Associados, Advogado desde 2013, Pesquisador com Graduação em Direito (2013) e Mestrado em Tributação e Direitos Humanos (2017) pela Universidade Federal do Pará. Especialista e Doutorando em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica da São Paulo (PUC-SP). Professor e autor do livro "Altos Empregados: entre as algemas de ouro e a autonomia privada"

Fabíola Marques, PUC-SP

Advogada. Mestre e Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: direito do trabalho e direito processual do trabalho. É Professora de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho da PUC-SP, nos cursos de graduação e pós-graduação. Ex-Presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo para o mandato de 2006/2008. Ex-Presidente da Comissão Especial de Direito Material do Trabalho da OAB/SP - 2009. Ex-Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP - 2010/2012. Ex-Presidente da Comissão de Relacionamento com o Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região de 2013/2015. Conselheira da OAB/SP nos mandatos de 2010/2012, 2013/2015 e 2016/2018. Membro efetivo da Comissão Especial da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia e da Comissão da Mulher Advogada, no triênio 2016/2018.

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Publicado
2024-06-10
Como Citar
Conceição, L., & Marques, F. (2024). A legitimidade ativa ad causam no processo coletivo do trabalho: o indivíduo como legitimado a partir do sistema semanticamente aberto. Revista Jurídica Trabalho E Desenvolvimento Humano, 7. Recuperado de https://revistatdh.org/index.php/Revista-TDH/article/view/174
Edição
Seção
Artigos em Fluxo Contínuo