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Revista Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano
Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região
ESTEVES, Thais Vieira; ALMEIDA, Ildeberto M. de. Saúde, trabalho e a Reforma Trabalhistas de 2017: revisão
integrativa das repercussões da nova legislação nas formas de viver e adoecer da classe trabalhadora. Revista
Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano, Campinas, v.6, p. 1-43, 2023. DOI:
https://doi.org/10.33239/rjtdh.v6.169.
“não pagamento de parte do tempo em que o trabalhador fica à disposição”25 nas
dependências da empresa, determina como jornada apenas o tempo dedicado à
realização de atividade de trabalho, desconsiderando os momentos de preparação,
como paramentação ou vestimenta de uniformes, salvo previsão legal26.
A nova legislação amplia os mecanismos para compensação das jornadas em
bancos de horas27. E, de acordo com as demandas empresariais, autoriza a
continuidade da jornada além do limite legal ou convencionado em acordo ou
convenção coletiva28. Ademais, versa sobre a dispensa de licença prévia para
jornadas de 12 por 36 horas, antes restrita a algumas categorias profissionais como
vigilância e saúde, para qualquer setor e atividade econômica29.
25 KREIN, J.D. O desmonte dos direitos, as novas configurações do trabalho e o esvaziamento da ação
coletiva. Consequências da reforma trabalhista. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v.30,
n.1, 2018, p. 89.
26 Art. 4º, inc. VIII, CLT. “Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada. VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” (grifo nosso).
27 FARIAS, S.N.P. et al. Reforma trabalhista brasileira e implicações para o trabalho de enfermagem:
estudo de caso. Rev Esc Enferm USP. 2021;55:e20210230; PEREIRA, A.A.C. et al. Os impactos da
reforma trabalhista sobre o trabalho da enfermagem. Rev Min Enferm., 26:e-1439, 2022; CUNHA,
S.F. et al. Reforma trabalhista e relações de trabalho no Brasil: por quem os sinos dobram? Cad. de
Psicologia Social Do Trabalho, 24(1), 103-117, 2021; SOUZA, L.C.S.; ARAÚJO, T.C. Relações de
trabalho em tempos de pandemia: um estudo sobre os limites da atuação do estado na flexibilização
dos direitos trabalhistas. Interfaces Científicas - Direito, 8(3), 81–95, 2021; LOPES, F.J.O. et al.
(De)forma trabalhista: flexibilização e precarização pela(s) perspectiva(s) da(s) psicologia(s) do
trabalho. Psicol. estud., v. 25, e48213, 2020; KREIN, J.D. O desmonte dos direitos, as novas
configurações do trabalho e o esvaziamento da ação coletiva. Consequências da reforma trabalhista.
Tempo Social, revista de sociologia da USP, v.30, n.1, 2018.
28 SILVA, M.A. Os reflexos da crise econômica sobre os direitos trabalhistas no Brasil. Rev. Katálysis.,
Florianópolis, 22(02), 2019; KREIN, J.D. O desmonte dos direitos, as novas configurações do trabalho
e o esvaziamento da ação coletiva. Consequências da reforma trabalhista. Tempo Social, revista de
sociologia da USP, v.30, n.1, 2018.
29 COSTA, B.S.; COSTA, S.S.; CINTRA, C.L.D. Os possíveis impactos da reforma da legislação trabalhista
na saúde do trabalhador Rev. bras. med. trab ; 16(1): 109-117, 2018; CUNHA, S.F. et al. Reforma
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Trabalho, 24(1), 103-117, 2021; FARIAS, S.N.P. et al. Reforma trabalhista brasileira e implicações
para o trabalho de enfermagem: estudo de caso. Rev Esc Enferm USP. 2021;55:e20210230; RIBEIRO,
M.A. Reforma Trabalhista: uma análise psicossocial. Revista de Psicologia, Fortaleza, v.11 n2, p. 63-
77, 2020; SILVA, M.A. Os reflexos da crise econômica sobre os direitos trabalhistas no Brasil. Rev.
Katálysis., Florianópolis, 22(02), 2019; HECK, F.M. Entrevista - reforma trabalhista e os seus impactos
para a saúde do\a(s) trabalhador\a(s), com Edvânia Ângela de Souza Lourenço. Revista Pegada – vol.
19, Janeiro-Abril/2018; KREIN, J.D. O desmonte dos direitos, as novas configurações do trabalho e o
esvaziamento da ação coletiva. Consequências da reforma trabalhista. Tempo Social, revista de
sociologia da USP, v.30, n.1, 2018.